Diário de obras: entenda o que é e aprenda a fazer o seu

Imagine ter todos os dados e passos da sua construção ou reforma devidamente organizados e registrados? Pois este é o objetivo de um Relatório Diário de Obras (RDO), que funciona como uma espécie de histórico do canteiro de obras. 

Nele, é possível catalogar as principais atividades executadas nas rotinas de trabalho, uso e disponibilidade de materiais e demais recursos. Do mesmo modo, o Relatório Diário de Obras permite manter compiladas as informações das condições climáticas, principais problemas imprevistos (que podem gerar atrasos), acidentes de trabalho, além de comentários do contratante, fiscalização ou contratado. 

Por isso, o RDO se apresenta como componente fundamental para uma boa gestão da obra. Afinal, gestores e investidores contam com informações diárias sobre como estão sendo realizados os serviços, bem como quais são as principais influências que prejudicam e atrasam o andamento dos trabalhos. 

E você sabia que o Diário de Obra pode ser uma exigência contratual? Através da Resolução 1.024, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) tornou obrigatório o uso de um documento similar ao RDO. A norma obriga o uso do Livro de Ordem, que serve para documentar todas as obras e serviços executados por profissionais do sistema Crea/Confea. 

O que deve ser registrado em um Relatório Diário de Obras

O preenchimento de um diário de obras, como o próprio nome dá a entender, deve ser realizado diariamente. Dessa forma, pode ficar a cargo do engenheiro, gerente da obra, técnico, auxiliar administrativo e até mesmo do estagiário. Contudo, é importante que conte sempre com a supervisão e aprovação do engenheiro responsável pelo projeto. 

Frequentemente, é feito em papel ou arquivo eletrônico (como em planilhas do Excel ou Google). No caso do Relatório Diário de Obras registrado em material físico, deve-se manter os históricos em um livro com folhas numeradas e em três vias. Uma das cópias é da obra, a outra para o cliente/fiscalização e, a última, fica com a construtora. 

No entanto, independentemente de qual seja o formato no qual é produzido o RDO, ele deve ser impresso e assinado pelo cliente. Assim, o contratante conta com transparência nos serviços prestados e pode acompanhar a obra mais de perto. 

Abaixo, listamos o que é essencial se registrar no diário:

  • Informe os dados da obra, como endereço, prazos contratuais, decorridos e a vencer, número do Relatório Diário de Obras e contratante da obra;  
  • Descreva, brevemente, as principais atividades e serviços realizados; 
  • Agrupe as atividades, tais como cronograma, serviços preliminares, infra-estrutura, superestrutura, alvenaria, esquadrias, cobertura e instalações hidráulicas; 
  • Descreva, brevemente, as principais atividades e serviços realizados; 
  • Data do RDO; 
  • Informações sobre as condições climáticas (em caso de chuva, por exemplo, atrasos devem ser levados em consideração); 
  • Equipamentos e mão de obra utilizados no dia; 
  • Todas as atividades que estão sendo executadas; 
  • Serviços paralisados por fatores climáticos ou técnicos; 
  • Imprevistos; 
  • Todas as ocorrências da obra, como impedimentos e frentes de serviço. Aqui, entram acidentes de trabalho, falta de recursos, falta de energia elétrica, entre outros; 
  • Observações e comentários do contratante e do contratado;  
  • Assinatura do engenheiro, cliente e/ou fiscal. 

Dica extra

Jamais tente reduzir o tempo de produção de cada etapa. Afinal, colocar um prazo muito “apertado” pode encavalar todo o cronograma da obra. E algumas atividades só podem ter início quando outras tiverem terminado, como as envolvidas nos serviços preliminares. 

No mais, lembre-se que o cronograma é um guia. Portanto, pode-se mudar a direção planejada inicialmente, caso necessário ou solicitado. 

Conclusão 

O Relatório Diário de Obra apresenta diversos benefícios. Além de ter utilidade documental, otimiza o tempo das equipes, aumenta a produtividade, reduz custos, fornece perspectiva histórica do projeto, cria uma cultura de responsabilização e facilita a negociação de prazos com todos os envolvidos.


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